25/02/2009

Adivinhem por que a Monsanto Comprou a Fox

(Video) - Monsanto Compra a Fox
Como a Monsanto detonou uma série de reportagens em uma emissora de TV dos Estados Unidos.
Opções de VideoAcessar o Link - www.viomundo.com.br/tv/monsanto-compra-a-fox/

14/02/2009

Agreção aos Ambientalistas porque enchergaram as Atividades Nocivas da Bunge e da Yara

Uma Audiencia Pública só com risos, abraços, piscadelas e muito biscoitinho...

Estive na segunda Audiência Publica do dia 5 de fevereiro de 2009 no Município de Anitápolis/SC sobre a possibilidade ou não da implantação do projeto da Bunge(norte-americana) e Yara(norueguesa) de extração de fosfato naquele município que terá grave impacto as economias, a sociedade e ao meio ambiente não somente local, mas também de dezenas de municípios ao redor de Anitápolis. Depois do pronunciamento (que se iniciou as 19:00) dos diretores daquele empreendimento, me manifestei as 23:00 da noite(depois de muitos agricultores terem saído devido não aguentarem a hora por seu trabalho da manhã seguinte) com argumentos escritos para a mesa, na qual foram lidos pelo superintendente da Fatma que presidia a mesma. Escutamos num longo monólogo os feitos da Bunge pelo convencido diretor. De modo que pouco tempo sobraria a população discordar ou mesmo explanar outra apresentação das centenas de argumentos contra esta mineração sobre a Mata Atlântica e dentro de uma nascente de grande rio. Notei que minhas perguntas sobre aquele projeto de extração, foram todas deixadas para o final do evento pelo Superintedente da Fatma que estava ladeado pelo Prefeito de Anitápolis(a sua esquerda) e um Diretor da Bunge(a sua direita). Coisa de louco era ver a intimidade de um dos integrantes da Bunge no lado do superintendente da Fatma que me parecia escolher a ordem de leitura das fichas e o diretor da Bunge coladinho no lado dele... Quais teriam sido os critérios na sequência das fichas de perguntas, pelas mãos do encarregado da Fatma? Teria havido telepatia ou cutucão mesmo de alguém??? De modo que as perguntas mais simples de serem respondidas foram preenchendo os horários iniciais... Fáceis de serem rebatidas, por que tinham gasto 22 milhoes criando um EIA/RIMA com Doutos em Engenharia, Biologia ... cantados com boca cheia pelo diretor da Bunge.

Regras da Audiencia Pública que não foram muito bem comunicadas antes e durante para o povo...

Depois de exaltar a Bunge como líder mundial em alimentos de que fez questão de enumerar como as margarinas da "marca" delícia (nome comum não se patenteia por força da Lei de Patentes), os óleos - que depois de muito custo da sociedade trazem em seus rótulos - que são realmente constituídos de soja transgenica ou colza trangenica do Canadá (canola : contração de Canada Oil Company) - explicação que devem também para os consumidores químicos de como não "rancifica"(oxida) se está em recipiente transparente e com prazo deveraz longo para um óleo... e que necessariamente é evidência de conservante, antioxidante ou estabilizante não declarado no rótulo. Descamba e se entusiasma dizendo de boca cheia ter orgulho em trabalhar numa firma de centenas de empregados e vender para a Coca-Cola o ácido fosfórico vindo de suas minas de fosfato lavradas no estado de Minas Gerais ou algum país qualquer que não sabemos...
Poucos percebem que a pausa para biscoitinhos e coca-cola patrocinados pela Bunge e Yara é o único momento para escrever as perguntas na Audiência Pública... Meros 10 minutos onde os risos e intimidades do superintendente da Fatma(Órgão Ambiental de SC) e os empreendedores é de uma incompriencível evidência.

Ácido Fosfórico como ingrediente da Coca-Cola

Então lá pelas 23:00 argumentei que os aparentes benefícios que os diretores exaltaram da obra eram muito poucos aos enormes malefícios a sociedade, economia e meio ambiente. Descrevi inúmeras perguntas que o projeto não previu como inadequada capacidade viária para receber carretas carregadas de enxofre vindas do porto de Imbituba. Incapacidade de o sistema viário receber de dia centenas de carretas se dirigindo ao Município de Lages para peletização do fosfato e mais agravante ainda, o maior fluxo de noite (para evitar barulho que seja ouvido por moradores e desassossego devido a congestionamentos na via aos Municípios) com centenas de carretas saindo da mina. Ora, isto iria atrapalhar enormemente os agricultores e comerciantes que usam a via de noite para levar com seus caminhões, o fruto de seus trabalhos aos centros Ortifrutigranjeiros.

Adeus Turismo na Serra Catarinense

Também relatei o enorme prejuízo que não foi computado ao turismo e ao fluxo de turistas argentinos e do Rio Grande do Sul que passam por nossas estradas para evitarem congestionamentos e perigos na BR101 – litorânea. Também perguntei como ficará o tombamento destas carretas em nossos rios com materiais altamente tóxicos como o ácido sulfúrico(se resolverem fazer como em Minas Gerais de transportar ácido pelas estradas públicas) o fosfato e o enxofre... Também rebati a resposta simplória de um diretor da Bunge quando questionei se o projeto tinha computado o estrago das carretas ao sistema viário de nossas rodovias. Ele disse a todos candidamente que o projeto se responsabiliza da porteira para dentro e da porteira para fora é compromisso do estado... Ora como podem dizer que o projeto trará divisas em impostos ao Município de Anitápolis, Estado e União se não computam todas as despesas em nível de estado? Se nem sequer computam as despesas com saúde pública que sem dúvida aumentarão com a poluição física de seus ambientes naturais. E a educação e segurança pública devido as pessoas contratadas de fora da localidade???E que dizer do aumento de problemas pulmonares em moradores próximos ou mesmo em seus empregados??? E que dizer das desvalorizações de terras, pousadas, hoteis...todo o Turismo da Serra Catarinense??? Nada disto foi citado. Eram só “flores”, risos, apertos de mãos, cumprimentos entre si e o povo atônito e não entendendo nada. Diversas pessoas se manifestaram contra o empreendimento e com dúvidas do mesmo.

As Almas enganadas

Enquanto defendia meus argumentos fui impedido de continuar por uma mulher gritando para parar de falar. Ao que me virei para traz e vi um pequeno grupo na porta e delicadamente terminei acrescentando a todos que achava que vivia ainda num sistema político democrático... Segui-se o pronunciamento da Procuradora Geral da Republica Dra. Analucia Hartman que só fez confirmar mais argumentos mostrando a todos a inviabilidade de tal projeto. Fui recomendado a sair do recinto por colega ambientalista e quando estava me dirigindo, fui encarado furiosamente já fora da porta por cerca de 8 ou mais pessoas. Meu companheiro Dr. Jorge Albuquerque que defende a região daquele grotesco empreendimento ( http://mataatlanticasc.blogspot.com/ ) caminha na frente e depois sai para o lado dierieto e é seguido por um homem que desfecha um golpe por traz de suas costas e é impedido rapidamente por dois homens. Soube mais tarde que um destes homens que protejeu o ambientalista do golpe era o segurança da Procuradora. Em seguida sai uma mulher desfechando-lhe tapas com um aparente objeto e caluniando-o com palavrões. Quando vi sendo atacado eu gritei o que é isto??? Aonde está a policia ? Ao que eu grito indignado por policia, escuto um rapaz olho a olho me encarando e dizendo sarcasticamente: É né? Policia, né? Aonde tá? Então gritei de novo e vi um policial de braços cruzados vendo tudo(cabo Rosa). Quando viu minha cara que tinha visto seus braços cruzados ele ficou assustado, pois, ia me dirigir ao poder público na audiência. Descruzou e foi direto apartar a mulher que batia por traz no ambientalista sem este fazer nada contra aquilo. Nos afastou daquele grupo e solicitou que fossemos embora, ao que escuto o homem que agrediu o Jorge me dizer em alto e bom som: “Ahh!!! Tu és de Rancho Queimado(Município em que resido), pois, eu vou lá te procurar!!! “ E escutei também daquela mulher: “Só podia ser de Rancho Queimado...” Soube depois pelo Jorge Albuquerque que aquele homem se chama seu Bica – caseiro da Indústria Multinacional Bunge/Yara e aquela mulher é enfermeira e esposas dele. Quanto aos outros desconheço quem sejam.

12/02/2009

Biodiversidade para quê?

Como funcionam os subterfúgios do poder de plantão...

É muito interessante em Fóruns e Audiências Públicas observar as reações inflamadas, torpes ou mesmo cândidas e inocentes das pessoas. Falo especialmente nas discussões que envolvem a Natureza, aparentemente dissociada, longe e independente da maioria brasileira que habitam as Metrópoles. O Ego humano é igual em todos, mas Egos não dialogam... Brigam, competem entre si e não chegam a denominador comum e sim a coeficientes somente para seus próprios pontos de vista e por fim as benesses a si mesmas. Fóruns e Audiências Públicas têm realmente um só objetivo, acharem um consenso lógico (e intuitivo) que leve o problema a uma solução (temporariamente) permanente ou auto-sustentável. E nestes ambientes, sempre temos os abnegados que com lógica e persuasão apresentam seus pontos de vista esperando discussão e compreensão dos fatos, das soluções claras em que expôs a todos. Dependendo da Lua, outros de mesma índole honesta apresentam reforços e então começam a aparecer as personalidades aparentemente cambiantes que expõem contra-sensos de preferência sofistas e entorna o caldo das discussões. Se os interesses governamentais se coadunam com os corporativos de multinacionais que prometem progresso e emprego como o da década de 60..., sem dúvida este Fórum já terá sido marcado pelo status-quo político-econômico como um desastre para toda a sociedade. Terá sem dúvida, antes ou depois, o Mandatário Público afirmado no alto do palanque com espuma na boca e bochechas enrubescidas a promessa vã de progresso e emprego e dane-se o Ambiente. Contratam ônibus de massa de manobra que são vitimas de si mesmos para vaiarem, uivarem e por fim darem suas próprias almas aos desígnios dos mandantes e guardiães do poder – os novos coronéis do século XXI.

Ação e Reação não tem lei humana...

Mas, lógica e verdade são xipófogas e o tempo as faz sempre ressuscitarem exigindo juntas, como “alma penada”, a recomposição dos fatos e freqüentemente a prisão, cobrança ou a reação aos responsáveis. Prisão e cobrança vem das Leis dos Homens e se não for feita, a reação vem das Leis do Universo que fatalmente será cumprida! E então temos o que vemos em diversas partes deste Brasil...,o Ambiente se desmanchando junto com a população ou sociedade humana. Só como péssimo exemplo, o estado de Santa Catarina viu seu Código Ambiental em fins de 2008 alterado para pior, pelo governo e poucas semanas depois do ato indigno ao estado escolhido de muitos turistas, as chuvas desmontaram a máscara do governo catarinense e não pararam mais de assombrar o governador. E para entortar o caldo, surgem também secas arrasadoras no outro lado do estado.Sabe-se que sua excelência tem o fato nada nobre em sua gestão, do maior avanço em desmatamento do Sul do país por estes anos e o segundo estado em desmatamento no Brasil.

A Dicotomia para dividir a todos: De que partido você é? Xiita ou Cristão? Alto ou baixo? Negro ou Branco?

Mas Ecologia é somente defender as borboletas e os passarinhos, dizem os mandantes de plantão, externando sua mente fraca de menos compreensão do que o tamanho de seu bolso duplo. Refutam com palavras criadas de revista míope..., que todos são xiitas, desconhecendo a história de que aos árabes, devemos a matemática, a alquimia que gerou a química e até ao hábito de tomar banho todos os dias... Se colocassem e substituíssem a palavra xiita - nas frases feitas para agredirem os ambientalistas - pela palavra cristão... qual seria a diferença no quesito? Então vamos ser mais objetivos, práticos e mostrar aos mandantes o que eles realmente não tem de estudo e pior, não tem a Virtude Máxima a um representante público: Humildade ! Sim, humildade para receber as opiniões conflitantes, interagir, trazer a luz aos fatos, separar o joio do trigo, determinar os agentes da razão-intuição e por fim colocar a sociedade no eixo de sua permanência presente e futura com sustentabilidade. Humildade que reconhece seus limites. Humildade que reconhece que a luz dos outros não precisa ser apagada para que sua própria luz persista, mas sim, que tenha que ser mais alimentada e se aproxime para que nossa luz também tenha a honra de ser assistida. E por fim, tudo isto que gerará a solução de todo o conflito que é exatamente a função do agente público: organizar, Gestionar com Honestidade todas estas ações para que culmine com o óbvio preconizado.

Começando por argumentos simples...

Então faltou dizer, porque amamos as borboletas e os passarinhos... Dizem eles: por que proteger o Mato (os Biomas seria dizer o certo) se temos que gerir a sociedade que nos deu emprego com este mandato? Por que não proteger o homem que vive perto e dentro destes lugares (mananciais ou Ecossistemas)? Responderíamos que a simples proteção e manutenção da Mata em volta das nascentes é fato conhecido até pelos agricultores que não tem instrução ambiental formal, porque sabem que se não for assim, sua água de abastecimento tanto de sua lavoura como de sua família, some pelo ralo da terra. Então se deduz deste simples fato que não somos independentes da Natureza e sim parte daquela. Também é fato dos homens que trabalham na terra, verem o fenômeno de aparecimento de nuvens (vapor) em grandes massas e de repente, das áreas verdejantes de Mata, como uma nuvem brotando do nada... e também é fato aos homens que trabalham com ciência climática que as Matas regulam a quantidade de chuvas em determinado dia ou local e...as produzem. E que dizer que a temperatura é deveraz aprazível, fácil de suportar, mesmo em cidades que tiveram o cuidado de manter as nossas esplendidas plantas em volta e dentro? O que não acontece nas cidades que não tiveram esta compreensão nem respeito ao Bioma de que tem origem, na qual suas temperaturas têm subido letalmente aos velhos e crianças que as abitam. E o fato corriqueiro em todas as famílias das grandes cidades ou mesmo pequenas que fogem ou para as praias ou para os campos e matas buscando o quê, senão a confortante Mãe Natureza aos estressados e desassistidos de amor e equilíbrio humano? Dizem especialistas que carecemos nestas horas da substancia ou “partícula” prana, ki ou orgônio como queiram alguns. E esta depressão que abate a milhões tem a contrapartida de cura na fonte destes elementos que são as plantas ou quem sabe através delas. De modo que depressão ou carência do neurotransmissor como a serotonina, tem sua cura ou efeito mitigado, não somente pela visão de uma Flor ou Natureza impactante, mas também pela sua permanência em nossa vizinhança. De modo que na alegria ou no turvamento lógico com tristezas e mazelas da vida ou buscamos o colo da Mãe (Natureza, em qualquer forma que se apresente) ou engrossamos as fileiras dos presídios e clínicas.

Continuando com médios argumentos...

É constante a baixa nos preços hortículas e o desespero dos pequenos agricultores que sustentam as bocas da maioria do povo brasileiro. Freqüentemente assistimos estes mesmos ou seus filhos, fortificando as fileiras das favelas intermináveis nas grandes cidades que somam mais de 80% de ocupação, se igualando a números de primeiro mundo, sem o contraporte na cultura, tecnologia e ciência que mantém empregos naqueles países. Reclamam com razão e ingenuamente os preços dolarizados dos adubos químicos NPK que inviabilizam suas lavouras que nasceram da “revolução verde” gestionada pelos excedentes bélicos da segunda grande guerra. Falam também dos altos custos de seus defensivos (que eufemisticamente traduzem, mas que na verdade são de fato “o veneno para todos”). Mal sabem que vivem dominados por umas poucas 3 empresas multinacionais que escandalosamente monopolizam o país com seus adubos químicos. Abusando do poder econômico e praticando formação de cartel. Mas ainda temos prefeitos idiotas que na pretensa penúria do município pedem ao mandatário do estado que lhe traga uma multinacional prometedora de muitos empregos, mesmos que sejam para quebrar pedras para extrair minérios, mas que pelo menos os filhos destes agricultores poderão viver mais alguns anos tendo dinheiro para comprar iPods. Não interessa que morram mais cedo de doenças trabalhistas agora importadas, mas pelo menos morrem felizes consumindo. Nota-se sempre que estas mazelas são frutos da má gestão pública em seus Municípios, pela falta de entendimento e capacidade que tem estes mandatários em distinguirem o que está diante de seus próprios narizes. E o que seria isto? Turismo grita alguém – o setor que mais cresce e traz divisas rápidas? Sim, pode ser, mas diria que se deve apurar mais ainda a vista.

Moléculas que valem o emprego de todos em uma cidade...

Pouco mais de 10% de nossa Biodiversidade está estudada e mesmo assim de forma desconexa faltando pesquisa clínica em muitos trabalhos e somente tendo a constituição química revelada, sua toxidez ou experimento pré-clínico completo. Somos a maior Biodiversidade do Planeta e brilho nos olhos de qualquer biopirata de primeiro mundo. Então, as Matas que derrubamos não somente destroem a vida animal que se esconde nelas, mas o futuro auto-sustentável da nação. Das plantas temos moléculas para cura inusitada de centenas de doenças e alternativa para outras centenas que sangram as nossas divisas junto ao Ministério da Saúde e da saúde privada, que tem de comprar milhões de reais por ano em remédios alopáticos. Fora a biodiversidade de fungos e bactérias escondidos debaixo das folhas que renderiam bilhões, sem dúvida, em novos campos de tecnologia de ponta para aumentarmos a produção de etanol, uso em técnicas petrolíferas, saúde dos solos, nitrogenização de raízes, novos derivados químicos, biológicos e infinitos usos que somente Deus bem sabe. E a pergunta vem: como e quando? Soma-se a tudo isto a angústia da população em ter para ontem a cura de suas doenças de forma branda e suportável. Falta-nos lógica e não somente dinheiro!!!

Formigueiros e sociedade de humanos

Precisamos agir já e rapidamente criando uma cadeia, rede de conscientização, ação e gestão de nosso patrimônio Biodiverso de forma realmente coletiva. E isto passa por novas cadeiras, cursos em Universidades e Escolas, Leis para serem aplicadas, conhecedores de causa na execução, créditos direcionados...Mas, SEM POLÍTICOS!!! Existem muitas atividades louváveis, mas todas desconectadas e falando a língua de uma Babel. Quando vemos a coordenação de um formigueiro que numa noite com desenvoltura transportam o sonho de um agricultor ou o sorriso do quintal da dona de casa, não podemos esconder o espanto de tanta ordem e determinação em tão pequeninos seres. Então, inevitavelmente suspiramos forte, parecendo invejar a ordem que não reina em nossa espécie. O que vemos nos governos humanos? O deputado que não entende, insiste em reter a sua verba e não contrata algum especialista para lhe explicar o que é vital para sociedade. Continua então escutando as aparências do grandalhão de terno importado, dono de uma multinacional, provavelmente expulsa de sua própria terra ou auto-exilada, porque suas atividades não seguem a salutar vida de seus concidadãos.

Ecologia é Paz, é Vida, é Trabalho Duradouro

Aprendemos antropologicamente que Culturas como a da Ilha da Páscoa e do México, que esgotaram seus recursos naturais em intermináveis conflitos ou hábitos errados de consumo, na derrubada final de suas matas, veio-lhes a escassez de víveres, inexistência de chuvas em períodos separados da abundancia desmedida de furacões e tempestades. Com a falta de água potável, degradação do solo levando sua fertilidade, exposição aos raios solares aumentando a temperatura e inviabilizando a vida microscópica da terra que interagia e sustentava as plantas, surgiu por fim a fome, mais conflito e a dispersão das cidades, pondo fim a sociedade estruturada com sua cultura, leis, ciência, economia... Que é o quadro semelhante ao fim das grandes nações.Portanto, Natureza e Ecologia não são somente mais umas palavras para poetas e biólogos, mas para todos indistintamente, é a permanência de suas existências, de seus empregos.

Monsanto - o coração da Bunge ?

Vale a pena ouvir no link abaixo a reportagem da devassa no braço direito da empresa norte americana Bunge no campo, chamada Monsanto, produtora de 90% dos transgenicos no Mundo e responsável direta pela contaminação de sementes e introdução de suas ideologias nada cientificas aqui no Brasil. Acorda governo brasileiro, acorda Ministério da Saúde, de Meio Ambiente, de Economia ...!!!!

Livro: O Mundo segundo a Monsanto

http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/wma/player_gradio.asp?audio=2008%2Fcolunas%2Fmundo%5F081207%2Ewma&OAS%5Fsitepage=sgr%2Fsgr%2Fradioclick%2Fradiosam%2Fcbn%2Fmundo1

Ciência com Consciência !!!

A matéria abaixo é clara naquilo que nós como Humanidade sempre presenciamos... o extermínio dos opositores e do meio ambiente com o uso de muito dinheiro(público) injetado na ciência para a promoção de guerras fraticidas, repressão as populações (principalmente em governos democráticos). Também vemos muita ajuda arbitrária as grandes empresas com injeção de tecnologias subsidiadas pelo Estado, em práticas nada progressistas para a Humanidade e ao Meio Ambiente. Devem todos os cientistas assumir uma nova posição com sua própria sociedade (Voluntarialismo, Ativismo, Idealismo...). No meu caminho, em uma oportunidade que surgiu-me, quase que fui morar no Rio de Janeiro para trabalhar na Usina Nuclear pensando que poderia estudar e desenvolver idéias de que gostava e fossem úteis a ciencia... Mas não tinha conhecimento e o respeito que tenho hoje pelo meio ambiente e pelo verdadeiro ser humano. portanto, devo também responsabilidade a sociedade, mesmo esta em estado claro de esfacelamento. Não tinha percebido a dimensão do corporativismo estatal no uso do belicismo local e mundial para manter seus status-quo . Portanto, todos nós temos alguma quantidade de responsabilidade pelas barbaridades que vemos e não interagimos contra. Sozinho temos pouco o que fazer contra os desmandos politicos...JUNTOS somos mais fortes do que os estados e as corporações que massacram o destino da humanidade....

Falsa neutralidade (http://www.agencia.fapesp.br/materia/9971/ entrevistas/falsa-neutralidade.htm)
16/1/2009 Por Fábio de Castro Agência FAPESP –

A ciência e a tecnologia estão longe de ser politicamente neutras e as novas descobertas não correspondem necessariamente a progressos para a sociedade, segundo o professor Fernando Tula Molina, da Universidade de Quilmes, na Argentina. Para ele, embora façam parte do senso comum, as noções de neutralidade científica e determinismo tecnológico representam obstáculo para uma ciência democrática, capaz de melhorar a sociedade. Ideias como essas foram expostas por Molina em nove sessões entre agosto e dezembro de 2008, durante o 15º Seminário Internacional de Filosofia e História da Ciência, realizado pelo Grupo de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da Universidade de São Paulo (USP). O seminário foi um produto do Projeto Temático Gênese e significado da tecnociência: relações entre ciência, tecnologia e sociedade, Universidade de São Paulo, apoiado pela FAPESP e coordenado por Pablo Rubén Mariconda, do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Doutor em filosofia pela Universidade de Buenos Aires, Molina permaneceu no Brasil como professor convidado do projeto. No evento, discutiu o tema “Controle, rumo e legitimidade das práticas científicas". Para avaliar as implicações científicas e sociais das práticas tecnológicas, o professor propõe uma distinção entre a “eficácia” e a “legitimidade” dessas práticas – e busca elementos conceituais para a compreensão das origens culturais dessa distinção e da complexidade dos diferentes atores envolvidos. Segundo Molina, que também é pesquisador adjunto do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), na Argentina, “essa compreensão contribuirá para que se encontrem os caminhos que levem ao acordo requerido pelas políticas científicas nos espaços de diálogo das instituições democráticas”. Agência FAPESP – Uma das idéias centrais desenvolvidas pelo senhor durante o seminário realizado no mês passado em São Paulo é a de que a ciência não pode ser dissociada da política. Como essa questão foi tratada nos debates? Fernando Tula Molina – As discussões tiveram origem em um Projeto Temático apoiado pela FAPESP dirigido pelo professor Pablo Mariconda, do Grupo de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do IEA, responsável pelo seminário. Esse projeto discute a gênese e os significados da tecnociência. Isso envolve questões históricas, filosóficas e sociológicas, mas no fundo tudo está virando uma área importante ligada à política. Tentamos problematizar duas idéias que hoje são muito fortes em nossa cultura: a neutralidade da ciência e o determinismo tecnológico. Essas duas noções estabelecem no imaginário popular uma idéia de que a ciência é neutra, desprovida de política, quando, na verdade, a ciência – e sobretudo a tecnologia – tem muita política. Agência FAPESP – Como esse aspecto político se manifesta? Molina – Uma das linhas que está sendo desenvolvida é que essa política pode ser vista com clareza, por exemplo, no chamado código técnico. Esse gravador digital que você está utilizando, por exemplo, possui um design que encerra em si todo o contexto de sua concepção e está ligado a determinadas estratégias. Essas estratégias representam interesses – que, no caso de uma sociedade capitalista, correspondem aos interesses das corporações. São interesses que têm a ver com o consumismo tecnológico. O projeto do gravador já prevê quando ele sairá de linha, isto é, carrega consigo uma estratégia de obsolescência programada. Para que você consuma mais, é preciso que na sua cabeça a aquisição de novos produtos tecnológicos seja entendida como um progresso. Você acredita que está progredindo e tem um aparelho melhor, de última tecnologia. Mas eventualmente os aparelhos mais antigos tinham mais qualidade. Isso é pura política. Agência FAPESP – Essa é a idéia do determinismo tecnológico? Uma crença de que o produto que acaba de ser lançado é necessariamente melhor, mais eficiente e mais desejável? Molina – Sim. É uma estratégia de consumo que se baseia na novidade. O produto é um bem cultural que se vale do valor simbólico que tem a “eficácia” na nossa cultura, levando a pessoa a pensar que os produtos desenvolvidos mais recentemente são melhores. Mas isso é uma falácia. Outra falácia está no discurso político oficial dos nossos países: a idéia de que o cientista pode dizer o que é melhor para a sociedade. O cientista não sabe o que é melhor para a sociedade. Não existem nem mesmo elementos conceituais para abordar essa questão. O seminário teve, portanto, a tarefa central de instalar uma discussão e conscientizar sobre alguns erros. Muitos desses erros, como o individualismo, têm origem filosófica. Agência FAPESP – Como o individualismo é tratado nessa discussão? Molina – Quando a lógica predominante é a de que alguém só consegue ganhar quando os demais perdem, o resultado é que as pessoas passam a achar que podem ser livres apenas de portas fechadas. O que gostaríamos de opor a essa idéia individualista é a possibilidade de pensar que, ainda hoje, apesar das assimetrias e desigualdades do capitalismo, podemos aprender a nos organizar de um jeito diferente e reaprender a conviver. A convivência é o ponto central da política em um sentido muito antigo, do qual já falava Sócrates. Como todos os atores, tão diferentes, podem conseguir a felicidade e a plenitude no meio de todos, no espaço restrito da pólis? A ideia de democracia que está por trás do seminário é mais profunda que uma noção de igualdade: é a ideia de que somos todos diferentes. Agência FAPESP – Qual o efeito desse contexto dominado pelo individualismo sobre o desenvolvimento tecnológico e científico? Molina – Vamos tentar falar do conjunto ciência e tecnologia: a tecnociência. Se as pessoas acreditam que o investimento em ciência e tecnologia leva o país a crescer automaticamente, melhorando a vida da população, temos o determinismo tecnológico. Nesse caso, já que o resultado seria necessariamente bom para todos, o investimento poderia ser feito sem preocupação com a participação da coletividade – esse determinismo tecnológico é favorecido em um contexto individualista. Agência FAPESP – Então, sem a participação da coletividade nas decisões científicas e tecnológicas, os avanços do conhecimento não chegam a beneficiar a sociedade? Molina – Acho que é por isso que temos que combater o determinismo tecnológico. Com essa lógica, o investimento não volta diretamente para a população, mas para as corporações. Os investimentos públicos formam técnicos, especialistas e recursos humanos para a universidade e para o sistema tecnológico. Mas essas pessoas poderão desenvolver tecnologias que melhorem as corporações, não necessariamente o país. Se nossa sociedade tem base tecnológica e capitalista, mesmo que se possa desenvolver a melhor tecnologia, ela irá se limitar a desenvolver a tecnologia com melhor custo-benefício. Tudo o que está envolvido com essas tecnologias será avaliado do ponto de vista quantitativo, porque estará orientado pela produtividade. Incluindo as relações com trabalhadores. Agência FAPESP – Esse tipo de modelo tecnológico tenderia a agravar o quadro de exclusão social? Molina – Acredito que sim. A tecnologia orientada pela produtividade só é acessível a quem tem determinado poder de consumo. As distâncias sociais que deveriam ser diminuídas por conta da tecnologia começam a aumentar. O crescimento das diferenças sociais agrava a violência. No fim, a tecnologia, que poderia ter um papel de inclusão, acaba fazendo o contrário. Agência FAPESP – As tecnologias sociais seriam um possível caminho para contornar esses problemas? Molina – O Brasil tem uma rede muito boa de tecnologia social. Ela tem 700 organizações – a maioria organizações não-governamentais –, sendo 400 muito ativas. Todas pensam em confrontar essa idéia da tecnologia capitalista associada à corporação. Nesse modelo fundamentado na produtividade, não se pode acessar o conhecimento – que deve ser patenteado. O usuário não é dono do meio onde essa tecnologia vai se produzir e não se pode decidir para onde vai o benefício do desenvolvimento. Agência FAPESP – Essas tecnologias teriam então mais legitimidade? Molina – As tecnologias sociais têm um papel importante na democratização do conhecimento, mas elas não chegam a garantir a legitimidade da forma como a entendemos. É preciso distingui-la da eficácia. A tecnociência tem eficácia, mas não tem legitimidade social. Esses dois conceitos muitas vezes são confundidos no próprio discurso do desenvolvimento tecnológico, que está baseado na ideia de controle. O que é o controle? Uma coisa é poder controlar a matéria ou a partícula – como pode a nanotecnologia – no espaço e no tempo. Esse é o controle científico, que é necessário e desejável. Mas não suficiente. Outra coisa é poder dar legitimidade a esse controle. Agência FAPESP – E como dar mais legitimidade ao controle das práticas científicas? Molina – Para mim, a legitimidade não está no conteúdo das decisões sobre os rumos tecnológicos, mas no jeito como essas decisões são tomadas. Se a decisão foi tomada de maneira coletiva e democrática e daí gerou os rumos e decisões, isso a legitima, não pelo conteúdo, mas pela forma coletiva. O que temos que pensar é quais são os atores em cada âmbito que deveriam participar democraticamente, sendo reconhecidos como diferentes e igualmente importantes, do rumo mais democrático da enorme capacidade tecnológica que já temos. Mas se não conseguimos dar a isso um caráter democrático, então o rumo será tecnocrático e corporativo. A responsabilidade é nossa. A palavra- chave é participação. Agência FAPESP – Há propostas para melhorar essa participação? Molina – O controle tecnológico, voltado para o controle da matéria no espaço e no tempo, não tem, em si, nenhuma legitimidade. Propomos dois novos eixos para pensar essa legitimidade: o tempo da educação e o espaço da participação política. Para melhorar essa participação, temos que gerar um espaço de protagonismo social em que os outros atores possam interagir com os cientistas. O especialista tem uma função consultiva importante, um compromisso de indicar as possibilidades, mas não a prerrogativa de ditar os rumos. Com a ajuda dele, o leigo poderia ter a possibilidade democrática de decidir o futuro. Mas isso não acontece. Na nossa organização estamos excluídos de todas as decisões tecnológicas. Não temos o espaço da participação política. Agência FAPESP – E quanto ao tempo da educação? Molina – Levamos tempo para educar alguém a ser crítico com a tecnologia e a conhecer sua própria capacidade de decisão e sua autonomia de criatividade. Essa é a dimensão do tempo da educação. Temos que introduzir essa discussão na escola inicial, porque ali as crianças já têm celular, videogames e muitas possibilidades tecnológicas. Seria importante começar a combater cedo a idéia introjetada de que a ciência é apolítica. Ao superar as idéias de neutralidade e determinismo do desenvolvimento tecnocientífico, só nos restará a possibilidade de um desenvolvimento político, democrático, com participação cidadã. Mas esse cidadão crítico ainda não existe, daí a importância dessa dimensão da educação. Agência FAPESP – Ainda estamos muito distantes da formação desse cidadão crítico? Molina – Talvez nem tanto. Podemos pensar no que aconteceu com a cultura ecológica. As crianças e as novas gerações já colocam o problema ecológico de forma mais prioritária. Isso ocorreu, entre outros fatores, porque a ecologia começou a ser apresentada às crianças de forma muito forte, desde a escola inicial. Acho que poderia acontecer o mesmo com o problema tecnológico. Para isso temos que começar a refletir com mais clareza sobre lixo tecnológico, obsolescência planejada, qualidade tecnológica, durabilidade, tecnologias para o futuro, tecnologias sustentáveis, tecnologias adequadas aos problemas – e não apenas ao consumo em massa – e tecnologias customizadas, que não impõem uma única solução, como se fôssemos todos iguais.